Made in Porto (ou, neste caso, Valbom/Gondomar)
Sou de Valbom. It's true. Não nasci lá (vim a este mundo na Maternidade Júlio Dinis, como tantos outros portuenses), mas tinha (e tenho) família por lá e acabei por ser registada como se lá tivesse nascido.
Valbom, Gondomar. Espaço onde passei parte da minha infância e do qual guardo memórias fortes, más, assim-assim e boas, mas sempre fortes.
Ir lá é sempre uma experiência intensa, porque é sempre pungente voltar a um lugar que nos marcou, mas volta e meia faço-o e não podia ter melhor opinião desta cidade (sim! cidade!) e das suas gentes, sofridas mas generosas, como é apanágio das boas almas do Norte.
Falo de Valbom hoje porque está nas bocas do Mundo e por excelentes razões. O enorme Ricardinho, o melhor jogador de futsal do Mundo, que ajudou Portugal a conseguir a merecidíssima taça de Campeão Europeu de Futsal; o mesmo Ricardinho que, qual Ronaldo, também se lesionou na final derradeira mas viu a equipa vencer com a força que lhes foi dando do banco... Esse mesmo é de Valbom e não se cansa de o dizer, gritando bem alto que se sente gondomarense.
Pois hoje, e graças a ele, também eu me sinto um pouco mais gondomarense, apesar de estar aqui em Lisboa neste momento.
Espero que, por lá, lhe façam a festa merecida e que também Valbom celebre com orgulho a vitória conseguida ontem frente à Espanha.
Da próxima vez que lá for prometo que tiro uma foto ao pavilhão do rapaz, que fica a metros do sítio onde dei os meus primeiros passos. No entretanto, aproveito a ocasião para deixar a minha vénia a esta que também é a minha terra e de que nem sempre falo. Mea culpa.